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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Estarás de volta, filha?

Nove meses sem ganhar fora. Nasceu a criança em 2013! Nove meses de gestação, com a preocupação natural dos irmãos em relação ao parto, finalmente aconteceu. Durante a gestação a mãe passou por vários relacionamentos complicados. Viveu com vários companheiros que a tentaram ajudar na fase difícil, dado o estado débil que atravessava.
 
Começou com um companheiro que quando a conheceu a animou. Fê-la feliz nos 1ºs meses do parto, quando ainda estava bem, levou-a a Espanha, a passear a Bilbau, onde a relação começou a ficar tensa, mas foi num piquenique no Jamor que os problemas começaram a ficar mais fortes. Mulher e companheiro não ligavam, e depois de umas férias onde se pensava que regressassem com o amor renovado (foram mesmo para o sul de Espanha passar uma semana, ao que se diz, de descanso), cedo se viu que as coisas não estavam bem. Os avós logo deram a ordem: “separa-te dele! Temos um amigo que até que encontres um novo amor, te pode ajudar. Um homem simples, que conhece a nossa família muito bem, e que pode ser o que precisas para estabilizares”. E assim fez. Chorou muito a separação, mas viu naquele negro de lábios grossos e voz sensível a solução temporária, o ombro amigo capaz de a amparar e lhe dar aquele apoio moral que ela necessitava.
 
Mas o homem de cabelo encarapinhado, muito embora com boa vontade, não mostrou ser o psicólogo que a grávida precisava. O seu estado necessitava de muita conversa, atenção, pois estava praticamente sozinha na vida, já que os Avós, esses, andavam distantes.
 
É então que surge um homem novo na sua vida! Um galã de olho azul, de andar gingão e de com boas referências, rigoroso, diziam, que se preocupa com que a senhora vá ao ginásio, que não lhe perdoa rebeldia, que não a deixa descurar tempo em coisas que não são necessárias mas sim em levar uma vida sã, saudável, nem que para isso tenha ser um pouco duro. A senhora alegrou-se, até porque o discurso era de um homem maduro, que sabe o que quer, com um olhar diferente sobre os problemas e que não embarcava no normal discurso do “politicamente correto”. Acusou a senhora de alguns maus comportamentos, de algumas atitudes menos boas, mas ela sentiu-se ofendida! Agora tinha de trabalhar mais, o que no estado em que estava, não lhe agradava muito. Não ter tempo para sair com as amigas, para ir ao facebook, ou para simplesmente passar a tarde a comer pastéis de belém e a jogar um qualquer videojogo fazia-lhe espécie!
 
Depois não entendeu como é que, estando ela cansada e a precisar de ajuda, normalmente só no fim das tarefas o homem de olhos azuis e dentes trocados lhe refrescava o corpo. Os irmãos da mulher, outrora lustrosa e reluzente, começaram a castiga-la. Quando mais ela precisava de apoio desapareceram. Humilharam-na e fizeram-na caminhar sozinha, nesta fase complicada. Regressar a casa era um suplício, dado os nomes feios com que era bombardeada à entrada do lar, e quando o abandonava. Chorou muito nessa fase, assim como os seus verdadeiros amigos. Sentiu-se impotente! O Avô e os amigos do avô mostravam-se tranquilos pois estavam a trabalhar noutra área da família, a financeira. Quase que a abandonaram, e ainda por cima começaram a vender-lhe as suas melhores peças de roupa! Sentia-se deprimida. Culpada do mau ambiente que tinha à volta e do sofrimento que causava aos seus verdadeiros crentes. E o parto continuava sem acontecer. Numa fase de agonia quase desesperante, onde inclusive ouvia zunzuns que poderia desaparecer, surge então um senhor de alguma idade. O seu passado dizia que já tinha estado com várias mulheres. Em Portugal e até no estrangeiro! Os irmãos desconfiaram. Seria outro que viria abusar do seu estado de vulnerabilidade. O homem tinha alguma fama de ter feito várias felizes, mas diziam que mantinha ainda um grande amor por uma vizinha. Ela estava desesperada e…entregou-se novamente. Sentia-se frágil, uma verdadeira mulher da vida, tal o número de homens que passaram na sua vida! “Qualquer dia convidam-me para a Casa dos Segredos” chegou a pensar.
 
E passados 9 meses nasceu a criança. Em Olhão, ouvimo-la chorar. Uma carinha nova, que ainda não sabe caminhar, mas que tem obrigatoriamente de tentar gatinhar o mais rápido possível. O homem de cabelo branco observou sereno à distância. Parecia tranquilo, talvez fruto da experiência. Tinha um ar diferente do melancólico senhor dos olhos azuis que parecia em sofrimento. Parecia ciente do que estava a fazer, sem dúvida. A senhora finalmente pôde dormir mais descansada nessa noite. Com o dever cumprido. Prepara-se para regressar a casa e espera ser bem recebida! Os irmãos que estavam zangados já prometeram que vão lá estar para lhe dar os parabéns. Para a ampararem e tentarem recuperar o seu ar brilhante! Aquele ar que faz sonhar os maduros com as noites de amor que passaram ao quentinho de uma lareira, com um bom vinho a acompanhar. Aquele ar que faz os mais jovens quando a vêm olhar para baixo e pensarem “mas eu fiz agora mesmo xixi…”, e aos mais velhos lembrarem-se das tardes maravilhosas que partilharam com aquela moça de 90 anos que está na cama ao lado no lar. Será que teremos um bom reencontro? Vamos aguardar…porque tudo vale a pena quando se ama e acredita.
 
PS: Não demorará muito para que o avô lhe venha dar a mão, quando ela voltar a andar por cima, e reclamar para si os méritos de tal beleza. Cá estaremos para ver isso.

Cajó

2 comentários:

Anónimo disse...

muito bonito sim senhor voce dava um grande escritor eu adorei e faco votos para que o bebe se levante e comece a caminhar na direcao certa saudacoes leoninas

Anónimo disse...

So tenho pena que tenha sido em Olhao contra o meu Olhanense

 
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