Agora
queixam-se dos penaltis! Mas quais penaltis, não foram, não? Que grande banhada
de bola! Jogámos muito, com critério e com grande atitude. Pedro Mendes e Tiago
Illori mostram como são centrais rápidos e ágeis, que sabem sair a jogar com
classe. Arias e Mika são jogadores de processos simples, com grande acutilância
ofensiva, e que sabem da horta em termos defensivos. O meio campo, Zezinho é um
médio todo o terreno suportado por um senhor jogador chamado João Mário
(estranho o Barça ter levado os outros 2 e terem deixado ficar este) e por um
tal Kikas, com nome de bar de senhoras da vida e que mostrou qualidade. Na
frente Betinho já é um velho conhecido. Figura na lista dos 50 jovens
promissores da europa, mostra faro por o golo e trabalha muito no meio dos
centrais. Depois há Esgaio, um menino com uma cultura tática acima da média
para 19 anos, que tanto joga a lateral como a ala, tanto recupera como
desequilibra, e isto tudo com um apeto de gajo normal, coisa rara nos miúdos de
hoje, sem tatuagens ou brincos, ou penteados extravagantes e ainda possível com
cultura acima da média patenteada na flash interview, qual homem grande a
analisar o jogo. E ainda um tal de Bruma! Mas que jogador. Joga, faz jogar,
imprime velocidade quando faz falta e encara o 1x1 de forma deliciosa, quer
para terrenos interiores, quer dando largura e colocando cruzamentos na área.
Gostei da exibição, da posse, da qualidade com que trocamos a bola sob a batuta
desse tal João Mário. E somos líderes! 1ºs com 5 vitórias consecutivas. Ora
toma-te! Os nossos bebés estão de parabéns, e mostram-se homens no meio das
víboras da 2ª Liga, mostrando que este deve ser o espaço onde evoluem. Depois,
3 horas depois, vieram os A’s. Na Madeira. O jogo era decisivo, à 3ª jornada
imagine-se! O onze basicamente o mesmo, e o figurino também. Obviamente, dado
as boas prestações até agora… Marat sem joelho mostrou o seu valor. Vamos ver
se esta hora de jogo serviu para ganhar ritmo ou se esta semana estará com
mialgias de esforço e parado mais 15 dias. O meio campo continuou a emparedar o
grande Elias entra os medíocres Gelson e Adrien. Carrillo mostra qualidade, lá
vai esticando o jogo quando temos oportunidade de jogar em contra ataque, e
Ricky continua a jogar lá longe….sozinho…a ver Patrício e os centrais a fazer
triangulações fantásticas na sua área. Marcamos um golo, podemos matar em
contra ataque, mas sentimos todos que estávamos a ser encostados…Às entradas de
Fidelis e Adilson, com 1.95 cada, respondemos com Capel e André Martins. Depois
o inevitável Carriço lá entrou, e surgiu o que se esperava, o golo do empate,
num livre duvidoso mas onde “nos pusemos a jeito”, e naquilo que sucede sempre
contra o Sporting: o gajo acertou o 1º livre da vida e fez um golão! Daí até ao
fim, rezei para que terminasse e veio a nu uma equipa sem crença, que treme
quando é apertada e que quase chorou por a mãe os minutos finais. Somámos um
pontinho. Temos de estar satisfeitos! Afinal, voltamos a ser “inexcedíveis na
entrega, na luta, no sacrifício, os jogadores empenharam-se, deram tudo, quem
joga assim terá de começar a ganhar jogos, e isto e aquilo”. Há ainda o cacete
do tempo na Madeira não nos ajuda! Uma chatice, pá! E a relva também não estava
com os 2,345 cm que gostamos. Já aqui escrevi uma vez: não me revejo nesta
falta de ambição. O início do campeonato mais favorável dos últimos anos, com
receções aos normalmente aflitos Rio Ave, Gil Vicente e Estoril, e as visitas
ao pior Vitória dos últimos anos e à Madeira, podiam, e deviam, ter-nos lançado
no campeonato. Mas não. Voltamos a escorregar. E agora, começamos o discurso
das finais em todos os jogos, do matematicamente possível, e da falta de sorte.
Por isso, deixem-me disfrutar dos meus Bs! Até que as coisas me façam sorrir!
Cajó
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