Bem-vindo ao Blog Sporting na Mente, onde se vive e respira Sporting!             O dia a dia do Universo Leonino aqui debatido. Opine deixando o seu comentário.                 Obrigado pela visita, volte sempre! http://sportingnamente.blogspot.com

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A corja sem paixão


Parei a escrita por uns tempos. Confesso que algo desalentado e desgastado com tudo o que passámos. Com as porradas que levámos de todo o lado este ano, fiquei ferido, e muito. Senti-me nos últimos meses como saído da Ovibeja (grande exposição do Sul, em Beja, de 24 a 28 de abril, não percam) nos meus tempos áureos que as ressacas me mandavam abaixo por uma semana. Ou mais.
Adiante. As eleições obrigaram-me também a um período de reflexão. Tinha convicção que iria votar no mesmo candidato de há 2 anos que ganh…perdão, ganhou mas perdeu, mas obrigava-me o meu dever cívico a que lesse todos os programas eleitorais e que visse todos os debates para melhor opinião formar. Recebi os votos por correspondência para enviar mas desloquei-me a Lisboa. Cheirar um pouco o Sportinguismo!
Sentia-se no ar o cheiro da mudança. Notava-se na cara das pessoas que muitos (atenção, 50% dos sócios com possibilidade de voto compareceram!) estavam lá sabendo e sentindo a importância do momento. A noite marcou uma mudança de atitude. De espírito. O novel presidente saiu à rua e, de forma improvisada, misturou-se com o povo! Há quanto tempo não víamos isso? A tomada de posse foi aberta ao público. Aos sócios. A nós todos. Há quanto tempo? O presidente foi ao banco no 1º jogo. Medida populista, dizem. Bom presságio! Desde Santana Lopes (lembram-se os anos?) que um presidente de Sporting não iniciava a ganhar no seu 1º jogo oficial. Bom presságio. “Devia-se defender, não pode expor-se daquela maneira” dizem muitos. Concordo em parte. Mas vimos uma comunhão e uma alegria nos jogadores diferente. Vimos um sócio como nós a festejar uma vitória como nós festejamos. Com paixão. Isso tem de marcar a diferença nesta nova fase da nossa vida.
As famílias antigas, diz-se no Alentejo, que não tinham luz nem televisão, entretinham-se a conversar e a rirem-se dos peidos do pai até ficar escuro, e depois o pai e a mãe faziam moços até às tantas! Divertiam-se. Com pouco, mas eram felizes. Felizes como nós éramos à chuva no velhinho Estádio José Alvalade. Como éramos felizes quando íamos ao pé dos nossos craques até ao campo de treinos, sacando um autógrafo ou “apertando” com eles para marcarem mais golinho no fim de semana. Quando íamos ver os jogos à Nave de Alvalade antes do futebol. Éramos mais felizes. Sem SAD's. Sem mordomias. Mas com paixão. Que faz falta. O que nos alimenta os sonhos e que nos une continua a ser o Sporting, e não a cotação das ações na bolsa, as restruturações ou as holdings. Bruno de Carvalho devolveu um pouco disso neste pouco tempo. Chegará? Será suficiente? Faltará arcaboiço para segurar o toiro? Não sabemos.
O que sei é que hoje voltei a escrever. Por paixão. Por um motivo: Depois de ler a entrevista do Dr. Daniel Sampaio (penso que pessoa idónea, que não tem currículos a circular na net com empresas falidas nem lhe chama Vale e Azevedo, como os defensores da continuidade ainda continuam a apelidar) ao DN sinto-me enojado. Traído. Enganado. Se não tenho a ideia - nem ninguém terá - da gravidade real da situação financeira, fico descansado por termos varrido uma gorja, uma seita, um grupo de indivíduos que conspiravam, que pressionava, que agia em seu nome e por seu nome, sem respeitar aqueles que são realmente importantes e a mola real de qualquer clube, os sócios. Mais grave, das 3 páginas que li…não havia paixão em quem nos liderava. Penso que, se houvesse dúvidas de todos os defensores da linha anterior, muito mal seria que depois desta entrevista ainda alguém os defendesse. Prefiro pensar que já passou. Que não fui a Bilbau em vão, que não pago quotas em vão, que não discuto, defendo e opino sobre o meu Sporting em vão. O Sporting que eu amo é o Sporting Clube de Portugal. Aquele que entra em campo todos os fins de semana, com a verde e branca vestida em campos, pavilhões, pistas ou carreiras de tiro (sim, somos campeões nacionais de tiro com carabina, não sabiam?). Essa é a minha paixão, e é essa que quero reter. O resto? O resto é merda meus amigos. E já lá vai. Graças a Deus. Ou quem sabe ao Papa Xico, nunca se sabe.

Cajó

0 comentários:

 
©2008 'Sporting na Mente' Por Gnitrops